Crises de enxaqueca podem piorar no inverno
Crises de enxaqueca podem piorar no inverno

O inverno chegou e a quedas das temperaturas podem impactar quem sofre com as dores de cabeça, especialmente com a enxaqueca.  Isso porque o frio está entre os fatores externos, ligados a condições ambientais, que podem desencadear as crises. Isso ocorre, porque o organismo precisa se adaptar às novas condições de temperatura, especialmente quando há variações muito grandes e em pouco tempo.

“As crises são um reflexo do processo de reação do corpo humano às oscilações de temperatura, que no caso de quem sofre com de enxaqueca apresenta maior sensibilidade, sobrecarregando mecanismos que já são frágeis e desencadeando uma crise de dor de cabeça”, explica o neurologista e professor de medicina da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Elcio Piovesan.

Um estudo realizado pela National Headache Foundation concluiu que as mudanças climáticas foram responsáveis pelas crises de enxaqueca em 21% dos casos.  “As maiores interferências acontecem devido às alterações de umidade, alterações bruscas de temperatura (muito altas ou muito baixas), temporais ou até mesmo mudanças de pressão atmosférica”, acrescenta Piovesan.

Para evitar que o frio cause a dor é importante manter o corpo aquecido, principalmente as regiões da cabeça e colo. Quando a crise já estiver instalada, um banho quente e uma sopinha também podem fazer a diferença.

Segundo informações do profissional, embora as dicas sejam práticas, não há tratamento específico para combater a enxaqueca derivada a partir deste gatilho. Mas tratar a doença em si, a enxaqueca, com o auxílio de medicamentos preventivos, como a toxina botulínica A (medicação específica e aprovada para o tratamento apenas da enxaqueca crônica), neuromodulares (anticonvulsivantes), antidepressivos e betabloqueadores (também indicados para o tratamento primária da hipertensão) faz com que as crises sejam cada vez menos frequentes e menos intensas. Com isso, a resistência aos fatores externos se torna maior.

Todos os tratamentos devem ser realizados sob a orientação de um neurologista, e seguido corretamente para que seja efetivo. Manter uma alimentação saudável e praticar atividade física também ajuda a obter bons resultados.

Fonte: Folha de Londrina
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